O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta dar rumo ao seu governo através de uma reforma ministerial. A primeira a ser decapitada foi a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Ela deixa o cargo nesta terça-feira, 25 e o atual ministro da Secretaria das Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, assumirá seu lugar.
A esperança de Lula é que o novo ministro tenha habilidade para fazer funcionar, minimamente, o Ministério da Saúde (MS) e que consiga produzir boas notícias. Habilidade, por sinal, foi algo que faltou a Padilha no relacionamento com o Congresso Nacional. Durante sua estada no Palácio do Planalto, Padilha colecionou confusões e chegou a se desentender com Arthur Lira, ex-presidente da Câmara Federal.
Em uma solenidade constrangedora, realizada na manhã desta terça-feira, com a presença de Lula, Nísia Trindade assinou portarias referentes à produção de vacinas e fez um longo discurso. Foram seus últimos atos como ministra.
Lula demonstrava toda sua impaciência e sequer discursou.
Depois da solenidade, realizada no Salão Leste do Palácio do Planalto, Lula se reuniu com Nísia e se encontrou com Padilha. O novo ministro tem 53 anos, foi eleito deputado federal pelo PT em São Paulo, é médico e já foi ministro da Saúde na gestão de Dilma Rousseff.
A troca de guarda no MS deve ser a primeira de várias. Lula vive uma queda acentuada em sua popularidade e, como sempre, está disposto a tudo para manter-se no cargo e disputar a reeleição em 2026.
A expectativa é que, com Lula precisando reorganizar suas forças, outras cabeças comecem a rolar na Esplanada. Na metade final de mandato, vale tudo para agradar à base cada vez mais indócil e sedenta por cargos e verbas.
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