
Depois do “Impostômetro”, que mede quanto dinheiro o Estado toma do trabalhador brasileiro e do “Janjômetro”, que calcula quanto dinheiro do contribuinte gasta a mulher de Lula, foi lançado o “Anistiômetro”, um site que monitora a tendência de deputados federais em relação ao projeto de lei que anistia os presos pela baderna do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Denominado Mapa da Anistia, o site registra que, até agora, 123 deputados declararam ser favoráveis à anistia, 90 são contrários e 300 ainda não se manifestaram. Para ser aprovado, o PL da Anistia precisará de 257 votos favoráveis dentre os 513 deputados federais.
A anistia aos presos do 8 de Janeiro deve ganhar ainda mais visibilidade após o ato programado para este domingo, 16. Comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o movimento traz o tema como uma de suas pautas principais.
O Projeto de Lei 5643/2023, conhecido como PL da Anistia, de autoria do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), tramita na Câmara dos Deputados e isenta de pena os presos envolvidos nos eventos do 8 de Janeiro. No ano passado, a prisão de militares envolvidos em um suposto “golpe de estado” e o calendário apertado da Câmara por conta das eleições municipais atrasaram a tramitação da proposição.
Por outro lado, a divulgação de que os supostos “golpistas” pretendiam matar Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, além do indiciamento de 34 pessoas apontadas como líderes do “golpe”, entre elas o ex-presidente Bolsonaro, pareciam ter enterrado de vez o PL da Anistia.
Mas, nos últimos dias, Bolsonaro conseguiu articular uma mudança no projeto. Agora, os bolsonaristas querem anistiar os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Os presos na balbúrdia em Brasília responderiam apenas por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, com penas muito mais brandas e, em muitos casos, já cumpridas.
Os partidos que formam o Centrão gostaram da ideia e o PL da Anistia ganhou novo impulso, enquanto se aproxima o dia 25 de março, quando Bolsonaro e os outros 33 indiciados se tornarão réus em um processo que pode mantê-los presos por mais de duas décadas.
Na bancada paraense, formada por 17 deputados, Éder Mauro, Delegado Caveira e Joaquim Passarinho são a favor de anistiar aos baderneiros, já Dilvandra Faro e Airton Faleiros são contrários e outros 12 parlamentares ainda não se manifestaram.
ATENÇÃO: Caso você tenha chegado até aqui e tenha gostado do nosso trabalho, cogite curtir, comentar e compartilhar este conteúdo nas redes sociais e através de grupos de troca de mensagens. Seu engajamento é muito importante para apoiar e divulgar nosso trabalho.
Comments