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Depois de 8 mortes, autoridades debatem crise no HMI de Marabá

Na tarde desta terça-feira (4), diversas autoridades se reuniram na Sala de Comissões da Câmara Municipal de Marabá (CMM), para debater a crise do Hospital Materno Infantil (HMI), depois que 8 bebês e parturientes morreram, no início deste ano, na maternidade pública de Marabá.


O secretário municipal de Saúde, Werbert Ribeiro, disse que os problemas foram herdados da gestão passada e que a secretaria trabalha para resolvê-los, sem estabelecer prazos para que medidas definitivas sejam tomadas.


Ribeiro preocupou-se em criticar os veículos de comunicação que denunciam as mortes no HMI, mas não explicou a falta de obstetras e de exames de ultrassom. A direção do HMI já havia reconhecido essas deficiências, mas até agora, ao que parece, nada de concreto foi feito para corrigir essas deficiências.


Sobre a questão dos exames de ultrassom, o promotor de Justiça, José Alberto Grisi, afirmou que "é preciso ter um ultrassom com alta disponibilidade no HMI…É um instrumento de diagnose que tem um maior percentual de certeza do que o Raios-X e tem um custo para o município menor que outros aparelhos de maior exatidão. Permite assim um custo-benefício de trazer um diagnóstico com um certo horizonte de certeza”, disse.


O HMI dispõe do aparelho de ultrassonografia, mas os exames são feitos duas vezes por semana, por falta de profissionais capacitados. Assim, as gestantes por vezes são mandadas de volta para casa sem realizar o exame.

 

A vereadora Vanda Américo cobrou ações rápidas para resolver os problemas que são urgentes. Em relação aos exames de imagem, a vereadora garantiu o apoio da Câmara para contratar os profissionais necessários.

 

“Nós já falávamos da necessidade de ter esse profissional de ultrassom disponível 24 horas; e não dá mais pra aceitar que não tenhamos uma resposta. Precisa de uma autorização? A Câmara Municipal autoriza; faz um projeto pra contratar em medida de urgência esses profissionais pra que estejam 24 horas lá”, disse Vanda.


Ao final da reunião, ficou claro que, com carência de pessoal e sem um planejamento concreto, a Secretaria de Saúde não sabe exatamente o que fazer para debelar a crise do HMI.

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