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Desmatamento na Amazônia cresce quase 70% em janeiro. Pará é o 3º que mais desmatou

O desmatamento na Amazônia Legal aumentou 68% em janeiro de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 133 km² de destruição florestal. A área é a sexta maior desmatada na série histórica para o mês, medida desde 2008, e representa mais de 400 campos de futebol devastados por dia.


Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon e mostram que Mato Grosso liderou a devastação em janeiro deste ano, concentrando 45% do total detectado. Roraima (23%) e Pará (20%) aparecem em seguida, e juntos, eles somam 88% da redução de vegetação registrada na Amazônia.


Entre os municípios, seis dos dez que mais desmataram estão no Mato Grosso, dois em Roraima e um no Pará. Amajari (RR), Juína (MT) e Uruará (PA), lideram o ranking do desmatamento.


Além disso, o estudo identificou que a degradação - quando há derrubada parcial da vegetação, devido às queimadas e extração madeireira - atingiu 355 km² no primeiro mês do ano de 2025, afetando um território maior que Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. A área ainda é 21 vezes superior à impactada no mesmo período do ano passado, quando 16 km² foram acometidos. O dado é o terceiro maior da série histórica para o mês, ficando atrás apenas de janeiro de 2015 (389 km²) e de 2011 (376 km²).


Os estados amazônicos que tiveram maior ocorrência da atividade foram Pará (46%), com 116 km² degradados, e Maranhão (40%), com 144 km². Juntos eles concentraram 86% das áreas degradadas em janeiro deste ano.


É também dentro deles que estão os dez municípios com maior degradação, cinco deles no Pará e cinco no Maranhão. Ocupando o topo do ranking está Prainha, localizado no Norte do Pará, onde foram registrados 67 km² de degradação, extensão que equivale a 6.700 campos de futebol de mata afetados. Entre os municípios paraenses que mais degradaram estão Almeirim, Mojuí dos Campos, Santana do Araguaia e Monte Alegre.


“Apesar da alta, é esperado que os números de desmatamento e degradação reduzam nos próximos meses, pois estamos nos meses onde historicamente esses distúrbios não são tão intensos por conta das chuvas. Por isso, é importante que o governo e órgãos responsáveis usem esse tempo para focar ainda mais em ações preventivas e planejamento para conter os impactos antes que chegue o período mais crítico”, alerta Carlos Souza Jr. , pesquisador do Imazon.

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