
Comemorado no dia 15 de janeiro, inicialmente no México (1945), o Dia Mundial do Compositor parabeniza aqueles que atuam como criadores de arte por meio de letras e melodias. No Pará, o Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG), fundado em 24 de fevereiro de 1895, é a maior referência na formação e qualificação de compositores.
O curso de composição e arranjo do IECG é referência na Região Norte, sendo o único ofertado como curso de graduação superior. Na grade curricular, o curso ensina conhecimentos específicos da profissão, como explica o compositor e professor doutor Nelson Neves (na foto acima). “O objetivo para a classe de arranjo neste semestre de 2025, por exemplo, será a de fornecer e acrescentar mais informações e ferramentas aos alunos para que possam colocar em prática suas ideias musicais e, mais do que isso, ajudar a liberar a criatividade e imaginação”, diz Neves.
De acordo com Nelson Neves, o estudante precisa desenvolver diferentes habilidades para estar preparado para o mercado. “São necessárias habilidades musicais sólidas incluindo conhecimento de teoria musical, harmonia, ritmo, percepção musical (como ferramenta fundamental no processo de criação), orquestração, criatividade melódica, e muita imaginação”, comenta o professor Nelson, que tem formação em doutorado em artes musicais pela Universidade de Nebraska-Lincoln em piano performance (EUA), mestrado em música pela Universidade Missouri-Columbia (EUA) e é bacharel em teologia com ênfase em música sacra pela Faculdade Batista Equatorial de Belém.
O professor comenta ainda sobre a importância de comemorar o Dia Mundial do Compositor e estimular os jovens a olhar para esta profissão como um meio de seguir na carreira musical. “Os autores de obras musicais podem inspirar e emocionar através de harmonias, ritmos e melodias. Os compositores são os artesãos que moldam emoções em harmonias e melodias. É através da música e da arte do compositor que se evidencia a arte, identidade e a cultura de um povo ou nação”, reflete Neves.
Foto: Divulgação
Para ele, os compositores paraenses têm características próprias, com um estilo diferenciado. “O compositor é o reflexo ou um porta-voz do lugar, cidade ou país em que vive para transmitir as influências e impressões. E isso percebemos nos nossos compositores paraenses. Para citar apenas alguns, temos Gentil Puget, Wilson Fonseca, Altino Pimenta, Paulo André Barata, e Waldemar Henrique que é, talvez, o maior exemplo claro disso. A abordagem e temáticas escolhidas pelos compositores paraenses, engrandecem a nossa cultura tornando-a, assim, mais conhecida e difundida em nosso país”, pontua o professor.
(Informações e Imagem: Agência Pará)
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