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Dias depois de anunciar R$ 70 bilhões em projetos, Vale corta investimentos para 2025

Gustavo Pimenta - Corte em investimentos e promessa de diretoria para "Novo Carajás"
Gustavo Pimenta - Corte em investimentos e promessa de diretoria para "Novo Carajás"

Ao divulgar o balanço de 2024, a Vale reduziu sua projeção de investimentos para 2025 de R$ 37,5 bilhões para R$ 33,6 bilhões. O corte foi anunciado dias depois do evento em que a empresa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciaram, com grande estardalhaço, em Carajás, R$ 70 bilhões em investimentos pela mineradora.


A Vale tentou justificar nesta quinta-feira, 20, que o corte em investimentos, que chega quase nos R$ 4 bilhões, é resultado de esforço para redução de custos, não de suspensão ou cancelamento de projetos.


“Não estamos deixando de fazer nada”, jura de pés juntos o presidente da mineradora, Gustavo Pimenta, em entrevista coletiva nesta tarde.


O vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Marcelo Bacci, disse que o menor valor representa revisões nos projetos para reduzir custos com construção e insumos.


“A Vale vai fazer as mesmas coisas que estavam previstas de uma maneira mais eficiente”, completou o executivo.


Sobre os investimentos em Carajás, onde a Vale tem suas mais importantes operações hoje em dia e estão os projetos anunciados ao lado de Lula na sexta-feira passada, Pimenta foi obrigado a reconhecer que o pacote celebrado na ocasião inclui projetos já aprovados em outros anos.


Projetos como S11D, em Canaã dos Carajás, onde é extraído ferro e o Salobo, em Marabá, que produz cobre, receberão investimentos para serem acelerados. Servirão como compensação às minas de ferro em Parauapebas, que já entram em processo de exaustão.


Pimenta passou ao largo de temas espinhosos como as incertezas sobre o futuro da China, principal destino do minério extraído pela Vale, com impactos óbvios nas receitas dos municípios mineradores ou sobre a pressão exercida pela Vale sobre áreas de proteção ambiental para expansão da atividade mienradora.


Pimenta, o midiático apoiado por Lula para dirigir a mineradora, acredita que criar uma diretoria exclusiva chamada Novo Carajás será suficiente para fazer frente aos imensos desafios da mineração na região do Carajás, nos próximos dez anos.


“O que mudará tudo mesmo é a gestão. Nunca tivemos um foco no desenvolvimento de Carajás. Agora estamos criando uma diretoria do Novo Carajás. Vai ter uma pessoa 100% dedicada”, disse Pimenta.

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