
A vereadora Maquivalda Barros (PDT), quer convocar o prefeito de Parauapebas Aurelio Goiano (Avante) para que este se explique perante a Câmara Municipal. Maquivalda quer tirar a limpo as declarações de Goiano feitas durante audiência judicial ocorrida em 25 de fevereiro, no curso da Ação Civil Pública nº 0801142-45.2025.8.14.0040, movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Pará – SINDSAÚDE. Naquela oportunidade, Goiano afirmou ter sido pressionado por vereadores para manter contratos do Processo Seletivo Simplificado (PSS), o que configuraria favorecimento ilícito e improbidade administrativa.
No Requerimento 20/2025, Maquivalda transcreve a manifestação de Goiano, na qual o prefeito afirma que vereadores o estariam pressionando para manter os contratos de pessoas ligadas a eles. Nas falas transcritas, Goiano não identifica nenhum vereador.
Segundo Maquivalda, a coisa ficou mais grave quando Aurelio Goiano (na foto abaixo) afirmou que, caso não acatasse as pressões dos vereadores, teria dificuldades para administrar o município sem acordos com eventuais parlamentares do Legislativo.

Para a vereadora pedetista a manifestação de Aurelio "sugere uma possível vinculação entre a gestão administrativa e compromissos políticos, o que exige esclarecimentos detalhados, tanto para esta Casa Legislativa quanto para a população de Parauapebas."
Maquivalda Barros lembra que as declarações de Aurelio causaram dúvidas sobre a transparência e a legalidade da gestão dos contratos e nomeações na Prefeitura.
A vereadora quer que Goiano e sua Chefe de Gabinete, Joelma Leite, compareçam à Câmara para esclarecer, entre outros pontos, quais vereadores pressionaram a gestão para a manutenção de contratados do PSS, indicando os nomes e o contexto dessas solicitações; e quais as medidas que a gestão pretende adotar diante da repercussão pública do caso e da gravidade da declaração feita em juízo, a fim de garantir a transparência e a legalidade dos atos administrativos.
O requerimento de Maquivalda Barros deverá ser discutido e votado na sessão ordinária da Câmara Municipal, marcada para esta terça-feira, 11 e precisará ser aprovado pela maioria absoluta dos vereadores. Caso seja aprovado o requerimento, Aurelio Goiano e Joelma Leite terão 15 dias para se explicar perante o Poder Legislativo.
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