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Estrada intransitável em Marabá. De quem é a responsabilidade?

Um vídeo mostrando as condições precárias em que se encontra uma vicinal de Marabá está dividindo opiniões nas redes sociais. A discussão começou na segunda-feira, 3, depois que um caminhoneiro não identificado mostrou através de vídeo um grande atoleiro, aparentemente em algum ponto da Estrada do Rio Preto.


As imagens logo se espalharam através de sites, portais de notícias e grupos de troca de mensagens. No vídeo, o caminhoneiro cobra providências do prefeito Toni Cunha (PL) e se diz enganado pelo gestor, que teria "abandonado a zona rural".


Alguns concordam com o denunciante e dizem que o prefeito Toni Cunha age com descaso em relação à área rural; outros acreditam que as condições climáticas e a falta de ação do governo estadual, comandado por Helder Barbsalho (MDB), são as verdadeiras causas do problema.


Independentemente de quem seja o responsável, a verdade é que a área rural de Marabá e de toda região de Carajás há muito tempo carece de estradas decentes e as diferentes esferas de poder evitam assumir suas responsabilidades


O caso da Estrada do Rio Preto é um belo exemplo de que, neste jogo de empurra entre políticos, quem sempre perde é o cidadão pagador de impostos.


A Estrada do Rio Preto corta uma das regiões mais ricas do sudeste do Pará, com grande produção de gado, minério e frutíferas. Há mais de 10 anos, os lideres da região lutam para federalizar a estrada. Com a federalização seria possível incluir a estrada no plano de obras do governo federal e asfaltar os quase 150 quilômetros que cortam o território de Marabá. O projeto que federaliza a estrada está parado no Congresso Nacional.


Durante o governo de Tião Miranda foi tentado um acordo envolvendo o Governo do Pará, a Prefeitura de Marabá e a mineradora Buritirama, que extrai manganês na região. Os três formariam uma espécie de consórcio que ficaria responsável por asfaltar a estrada do Rio Preto. Apesar do governo do Pará e da Buritirama terem demonstrado interesse em participar, a Prefeitura de Marabá disse que não podia ou não queria se comprometer com a obra.


A federalização não veio; o asfalto não veio. Mas, as chuvas vieram, como sempre, e o que já estava ruim, ficou ainda pior, como mostram as imagens do vídeo abaixo.


Enquanto as chuvas se tornam cada vez mais constantes e intensas na região sul-sudeste do Pará, aumenta o sofrimento de quem precisa transitar pelas estradas vicinais de Marabá e região. É assim há muito tempo. Um enredo conhecido que mistura descaso, incompetência e muitas vezes acusações de desvio de dinheiro público. Não é de surpreender que a repetição dessa história, ano após ano, gere tanta revolta em quem paga impostos caríssimos e não recebe qualquer benefício do poder público.


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