
A oposição não conseguiu os votos necessários para aprovar a convocação do prefeito de Parauapebas Aurélio Goiano (Avante) para prestar esclarecimentos sobre suas recentes declarações que sugerem estar sendo vítima de pressão ilegal por parte de alguns vereadores. Por 11 votos a 3, o requerimento de convocação foi rejeitado pela Câmara Municipal, na sessão destaterça-feira, 11.
Como este site noticiou, a vereadora e líder da oposição Maquivalda Barros (PDT) protocolou o Requerimento 20/2025, convocando o prefeito Aurelio Goiano para que explicasse o contexto das declarações prestadas em juízo, dando conta de que teria sido pressionado ilegalmente para manter pessoas sob contrato com a Prefeitura de Parauapebas.
Maquivalda Barros afirma que a coisa ficou mais grave quando Aurelio Goiano disse que, caso não acatasse as pressões dos vereadores, teria dificuldades para administrar o município sem acordos com determinados parlamentares do Legislativo. Maquivalda queria saber quando, onde e quais vereadores teriam pressionado Goiano de forma indevida.
Após alguma discussão, o requerimento de Maquivalda foi rejeitado por ampla margem de votos, demonstrando que Goiano mantém sólida maioria na Câmara Federal e não é difícil entender porquê.
Mesmo estando envolvido em diversas situações constrangedoras, que incluem compras sem licitação, favorecimento de empresas suspeitas, obras sem contratos e casos de nepotismo, Goiano ainda vive uma espécie de lua de mel com a população.
Como vereadores são animais políticos, que se alimentam da percepção popular, enquanto não decrescer o apoio popular a Goiano, não crescerá a oposição dentro da Câmara Municipal. Isso é o óbvio ululante, como diria Nelson.
Além disso, mesmo repetindo que "as contas não fecham" e "o município está quebrado", Goiano tem recursos suficientes para contemplar as demandas mais urgentes dos diversos segmentos da cidade. A caneta cheia de tinta na mão do prefeito ajuda a reduzir atritos nas engrenagens da máquina públca.
Os pessimistas dizem que a partir de agosto, mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, Parauapebas estará em séria crise econômica. Caso isso ocorra, aí veremos como Goiano lidará com a situação e se precisará acalmar uma Câmara mais hostil.
Mas isso fica para o segundo semestre. Por enquanto, eventuais pecados de Goiano seguem arquivados. O episódio envolvendo Goiano e suas declarações destrambelhadas ao juiz Lauro Pontes precisam servir para que o prefeito aprenda a controlar a boca e adote a receita simples de trabalhar mais e evitar o excesso de blá-blá-blá.
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