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HMI de Marabá realiza número recorde de partos em janeiro e apresenta ações de combate à crise

Enquanto luta para resolver a mais grave crise de sua história, o Hospital Materno-Infantil (HMI), de Marabá, consegue apresentar uma grande notícia. Segundo dados divulgados pela direção do hospital, nada menos que 487 partos foram realizados no mês de janeiro deste ano, naquela casa de saúde.


Para comparar, entre julho e dezembro de 2024, os profissionais do HMI realizaram 2.286 partos, sendo 1.105 partos normais (833 parturientes de Marabá, 367 e 5 não identificadas), com a média mensal de 381.


Em janeiro deste ano, foram realizados 487 partos, sendo 255 partos normais. Em 201 deles a parturiente era de Marabá e em 54, de outros municípios.


Por outro lado, nada menos que 232 parturientes precisaram realizar partos cesarianos (191 marabaenses e 41 de outros municípios).


A ocorrência de tantos partos, combinada com a morte de nove pacientes no HMI nos primeiros 30 dias de 2025 (até a data desta postagem, 14 mortes já haviam sido registradas) , obrigou a prefeitura de Marabá a requisitar um hospital particular da cidade para desafogar o HMI, que ameaçava colapsar.


HMI toma medidas para vencer a crise


A tarefa de implementar medidas que impeçam o colapso do HMI coube ao experiente médico obstetra Fábio Farias, diretor do hospital. Farias lidera uma equipe formada por 411 funcionários, que atualmente se desdobram para atender à demanda crescente de pacientes de Marabá e de outros 23 municípios do Pará.


Diante da crise, Farias estabeleceu um conjunto de medidas emergenciais, de curto, médio e longo prazos.


Assim, o HMI conseguiu colocar para funcionar o serviço de ultrassonografia do hospital que estava parado e mudou o protocolo de atendimento de triagem médica, fazendo com que as gestantes somente sejam liberadas após avaliação por um obstetra. Além disso, foi adquirido o aparelho de cardiotocografia que facilita a avaliação do bem-estar do feto.


Nos próximos dias, o HMI espera receber profissionais contratados através de Processo Seletivo Simplificado (PSS), o que deve reduzir a pressão sobre a equipe atual.


Ao mesmo tempo, Fábio Farias está criando comissões de ética médica, revisão de prontuários, comitê de mortalidade materna e perinatal, que vão detectar falhas e sugerir medidas para otimizar o serviço.


A ideia é promover, no curto prazo, o aperfeiçoamento dos serviços que avaliam práticas operacionais do hospital, desde a recepção à alta da paciente, fazendo a revisão e treinamento das práticas de acolhimento às gestantes e classificação de risco obstétrico.


A boa gestão desses processos servem para identificar precocemente os casos de maior gravidade e melhoram a satisfação e a segurança das pacientes e seus bebês.


A inclusão da estrutura do prédio do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) para receber o banco de leite e a agência transfusional, vai reduzir as deficiências na infra-instrutura de acolhimento do HMI e facilitar o acompanhamento da paciente no início do trabalho parto.


No médio prazo, não há outro caminho ao HMI que não seja atuar em grande sintonia com a atenção básica de saúde para melhorar o atendimento pré-natal. O acompanhamento correto da gestação, desde seu início até o parto, é fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê.


Por fim, com a enorme experiência acumulada, dr. Fábio Farias sabe que é inevitável a construção de um novo Hospital Materno-Infantil de Marabá, com um número de leitos, no mínimo, 3 vezes maior que o atual, para atender à demanda do município.


Este é o desafio do HMI de Marabá para os próximos quatro anos: enquanto debela a pior crise que já vivenciou, precisa planejar o futuro, para proteger as milhares de vidas que todos os anos se colocam aos seus cuidados.


Errata: Na postagem original, informava-se a ocorrência de 9 mortes no HMI, "nos primeiros 40 dias de 2025"; o correto é "nos primeiros 30 dias de 2025". Alertados por uma leitora atenta, já fizemos a correção.

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