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Tribos interditam Estrada de Ferro Carajás, em Bom Jesus, e exigem repasses da Vale

Integrantes de pelo menos 12 tribos do povo kyikatejê-gavião, que ocupam a Terra Indígena (TI) Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, resolveram interditar a Estrada de Ferro Carajás (EFC), neste domingo, 9. Os manifestantes garantem que só irão desobstruir a via férrea depois que a Vale pagar as parcelas em atraso do Plano Básico Ambiental, assinado recentemente.


A Vale garante que, desde 2021, já repassou às tribos mais de R$ 150 milhões, além de recursos do Plano Básico Ambiental. Este plano, por sinal, é a causa do atual arranca-rabo entre a mineradora e os índios que, instisfeitos com os termos do acordo, querem renegociar os termos.


Por conta da interdição, os trens da EFC, que transportam cerca de 1.500 passageiros e mais de 300 mil toneladas de minério de ferro, em seus 2.700 vagões, estão impedidos de circular entre Parauapebas e São Luís por tempo indeterminado.


Não é certo que a Vale vá ingressar na Justiça para desobstruir a via férrea.


Em nota, a Vale comentou a interdição da Estrada de Ferro Carajás e negou que haja repasses em atraso.


Leia, a seguir, a íntegra da nota da mineradora:


"As viagens no trem de passageiros da Vale estão suspensas nestas segunda (10) e terça-feira (11), no trecho de Parauapebas a São Luís (MA), devido à interdição da Estrada de Ferro Carajás (EFC) por integrantes do Povo Indígena Gavião na Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, no Pará.


A Vale afirma que as obrigações assumidas pela companhia, previstas em acordo aprovado pelas associações que representam as comunidades indígenas e homologado pelo Poder Judiciário, vêm sendo cumpridas integralmente, o que inclui repasses financeiros mensais para aplicação em ações nas áreas de infraestrutura, saúde, proteção territorial, valorização cultural, entre outras iniciativas para o etnodesenvolvimento nas aldeias.


Conforme a companhia, os passageiros que perderem as viagens podem remarcar o bilhete ou pedir o reembolso do valor investido na compra da passagem no prazo de até 30 dias. Mais informações sobre reembolso ou remarcação podem ser obtidas no Alô Vale (0800 285 7000)”.


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