A prefeita de Canaã dos Carajás (PA), Josemira Gadelha (na foto acima), ocupará o cargo de vice-presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG). A eleição foi realizada nesta quinta-feira (16), durante a assembleia geral da entidade. O prefeito de Itabira (MG), Marco Antônio Lage, foi eleito presidente para o biênio 2025-2027.
Josemira, participando remotamente da assembleia, afirmou que uma das maiores preocupações dos municípios mineradores e afetados pela mineração é o que ficará de legado para as comunidades, depois que as minas forem exauridas.
“Precisamos cobrar das mineradoras mais informações e transparência sobre seus cronogramas de atividades e, principalmente, sobre seus planos para o momento da exaustão mineral”, disse Josemira Gadelha.
Segundo a prefeita de Canaã, as mineradoras têm sido pressionadas para que participem efetivamente dos planos de ação, visando a garantia do desenvolvimento contínuo das cidades, principalmente quando o ciclo da mineração for encerrado.
Josemira alertou para o fato de que tem havido pouca ação efetiva por parte das empresas no sentido de apoiar os municípios. Para ela, esse tema precisa ser tratado "com seriedade e urgência".
"A exaustão mineral é uma realidade que deve ser enfrentada com planejamento e responsabilidade”, salientou Josemira Gadelha.
O presidente eleito da AMIG, Marco Antonio Lage, fez coro às preocupações de Josemira.
“Esse é o grande debate que o Brasil precisa enfrentar: como garantir que a exploração mineral deixe um legado positivo para as futuras gerações”, alertou Lage.
Lage ressaltou que os prefeitos devem cuidar do presente, mas também construir, por meio de legislações e políticas públicas, um futuro sustentável.
“A mineração é finita, não permite uma segunda safra, e a experiência mostra que, após o esgotamento mineral, muitos territórios ficam incompletos e esvaziados. Por isso, nossa luta deve ser pela conscientização e pela garantia de que esses municípios, que tanto contribuem para a industrialização e a economia dos estados e do país, tenham assegurada a sustentabilidade de suas comunidades. Esse é o verdadeiro legado que a mineração deve deixar.”, disse Lage.
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