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Lula escala Gleisi para articulação política. "Vai dar Dilma!", critica Zé Dirceu

A presidente do PT Gleisi Hoffmann (na foto acima, discursando em frente a Lula) foi anunciada na tarde desta sexta-feira, 28, como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela assumirá o posto de Alexandre Padilha (PT-SP), que deixa a SRI para comandar o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade.


Havia a expectativa de que Lula escolhesse um político moderado, de um dos partidos aliados, para organizar melhor a relação do governo com o Congresso Nacional, mas isso não aconteceu. Isolado e cada vez mais impopular, Lula dobra a aposta e aparelha de vez o Planalto buscando a reeleição.


Se Padilha era considerado apenas inábil, Gleisi é belicosa e tem a língua ferina, um perfil muito diferente daquele desejado para ocupar a posto de articuladora-mor do Governo. Lula parece escalar um elefante para organizar prateleiras cheias de cristais.


Um dos que avaliaram de forma negativa a escolha de Gleisi para a SRI foi o ex-ministro José Dirceu. “Vai dar Dilma!”, disse Dirceu ao avaliar o futuro do governo Lula tendo como articuladora uma das pessoas mais polêmicas e criticadas por partidos aliados e da oposição, no Congresso Nacional. Lula pode ter o mesmo destino que a ex-presidente Dilma Rousseff, que rompeu o diálogo com o Congresso Nacional, aumentou os gastos públicos, tentou esconder seus erros atravás da "contabilidade criativa" e, acusada de cometer as tais “pedaladas fiscais”, foi impichada.


O outro lado da moeda é a "narrativa" posta em circulação por petistas sobre a atuação de Gleisi na eleição de Hugo Motta para presidência da Câmara. Ela teria sido a responsável por levar o PT a votar em Motta e que por isso tem "trânsito" junto à presidência da Câmara. Considerando que Motta se elegeria com ou sem o apoio do PT, parece claro que o trânsito de Gleisi não pode ser lá grandes coisas.


Como as lideranças dos "partidos aliados" são movidas por verbas, todos esperam para ver se Gleisi pretende "quebrar o cofrinho" de vez. Com sua conhecida fidelidade, o Centrão espera que o dinheiro jorre do Planalto, mas isso tem pouca chance de ocorrer, até porque Lula, Haddad e Gleisi não têm muito de onde tirar recursos.


Sem dinheiro e sem uma boa história para contar, restará a Gleisi formar sua "tropa de choque" e tentar emplacar de novo a cantilena manjada da "democracia em perigo", para justificar a tentativa de reeleição de um dos presidentes mais rejeitados da história.

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