
A vereadora Maquivalda Barros (PDT) considera que o prefeito de Parauapebas, Aurelio Goiano (Avante), age com mau-caratismo, "enganando a população" e que ele conseguiu nos primeiros 70 dias de seu governo, contradizer tudo o que pregava antes de eleger-se. As declarações foram feitas em entrevista ao podcast Pebas Na TV, nesta quinta-feira, 13.
Para Maquivalda, Aurelio despertou um forte sentimento de mudança e elegeu-se por conta da insatisfação da maioria da população em relação ao grupo liderado pelo ex-prefeito Darci Lermen. Mas, uma vez no poder, Goiano abandonou todos os compromissos assumidos em campanha e passou a fazer tudo o que antes criticava.
Maquivalda lembrou que Aurelio prometeu manter por mais um ano os contratados através do último Processo Seletivo Simplificado (PSS), mas os demitiu logo no início do seu governo; Goiano era crítico ferrenho do emprego de parantes em altos cargos da administração pública, porém nomeou a própria mulher e a irmã para responderem por secretarias em seu governo; o prefeito também prometeu acabar com "as mamadeiras", como ele denominava os cargos de assesoria, mas acabou criando quase 600 novos empregos desse tipo na Prefeitura.
Sobre o projeto de lei das "mamadeiras do Aurelio", a vereadora do PDT reconheceu que ficou decepcionada ao ver que a primeira iniciativa do prefeito foi criar centenas de cargos de assessoria, em caráter de urgência e sem qualquer critério técnico. Por achar que há "tanta coisa mais importante" para ser feita em Parauapebas, Maquivalda explicou que não conseguiu ocultar sua "revolta e repúdio" ao projeto de Goiano.
A vereadora critica ainda as constantes compras e contratações com empresas de diversos estados realizadas por Aurelio, com dispensa de licitação. Julgando-se amparado pelo Decreto 666/2025, Aurelio, segundo Maquivalda, está passando por cima de todas as regras da administração pública e beneficiando empresas de outros estados, trazidas para suprir demandas que poderiam ser facilmente atendidas por empresas locais.
Mesmo assim, Maquivalda descarta fazer a chamada "oposição cega". Segundo a pedetista, "sempre que o prefeito enviar um projeto que seja de real interesse público, terá meu apoio".
Sobre as perseguições e ameaças que vem sofrendo, Maquivalda disse considerar desnecessário o que ela chamou de "joguinhos de falácias".
"Com tantas coisas que precisamos fazer por Parauapebas, não vejo sentido nesse tipo de coisa", disse a vereadora, afirmando ainda que sabe muito bem como se prevenir e que não cogita se calar diante de "perseguições e ameaças".
Veja, a seguir, a íntegra da entrevista de Maquivalda Barros:
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