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Presidente ucraniano se envolve em bate-boca na Casa Branca e acordo com EUA não avança


Fracassou a tentativa de acordo entre EUA e Ucrânia, que poderia pôr fim à guerra que esta trava contra a Rússia, há três anos. Os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelenskyy (na foto acima) acabaram batendo boca em frente aos repórteres e às câmeras de televisão no famoso Salão Oval da Casa Branca, na tarde desta sexta-feira, 28.


“Vocês estão apostando na Terceira Guerra Mundial, e o que estão fazendo é muito desrespeitoso com o país (os EUA), este país que os apoiou muito mais do que muitas pessoas dizem que deveriam”, disse Trump a Zelenskyy.


A discussão começou quando o ucraniano resolveu acusar a Rússia de descumprir acordos e passou a exigir que os EUA lhes desse garantias adicionais de segurança.


Irritado, o presidente Trump cancelou a assinatura do acordo permitindo aos EUA maior acesso aos minerais de terras raras da Ucrânia.


A Ucrânia deve aos EUA mais de US$ 200 bilhões em ajuda militar americana enviada a Kiev desde o início da guerra.


Agora não é certo se os EUA seguirão apoiando o governo de Kiev. Caso a ajuda americana seja suspensa, será difícil para a Europa suprir a Ucrânia com armas, munições e serviços de telecomunicações, por exemplo. A Alemanha, segunda maior apoiadora de Zelenskyy depois dos EUA, está enfrentando séria crise econômica e passa por uma mudança de governo que pode alterar sua orientação em relação à guerra.


A postura de Zelenskyy, considerando sua posição frágil, é surpreendente. É de praxe que diferenças de avaliação entre líderes não sejam expostas em público. Zelenskyy, contudo, aproveitou-se da audiência que dispunha na Casa Branca para fustigar Putin e a Rússia, deixando claro que não aceita negociar a paz, neste momento, com os russos.


O vice-presidente J.D Vance repreendeu Zelenskyy, dizendo a ele: "Sr. Presidente, com todo o respeito, acho desrespeitoso da sua parte vir ao Salão Oval para tentar expor isso na frente da mídia americana". Zelensky tentou se opor, o que levou Trump a levantar a voz e dizer: "Você está apostando nas vidas de milhões de pessoas".


Após a reunião, Trump avaliou que Zelenskyy “não está pronto para a paz”. "Ele pode voltar aqui quando estiver pronto para a Paz”, disse Trump.


Desde o governo Biden, os americanos avaliam que o presidente ucraniano é bem pouco grato ao apoio dos EUA. Ao mesmo tempo, sua liderança militar está sendo questionada por não conseguir conduzir a guerra a um impasse que obrigue a Rússia a negociar.


No momento, melhor armado, o exército russo parece estabilizar as diversas frentes de combate e os ucranianos são incapazes de fazê-los recuar.


Além de milhões de mortos e trilhões de euros em prejuízos materiais, a guerra na Ucrânia prejudica amplos setores da economia mundial, elevando os preços de itens como trigo e azeite de oliva chegando ao petróleo e gás. É nítido o cansaço de diversos líderes mundiais com a falta de resultados conclusivos e, apesar dos discursos de apoio ao líder ucraniano, parece lógico que cresça a pressão sobre a Ucrânia para que aceite negociar a paz com Moscou.


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