
Nesta segunda, 3, os professores, em greve há 12 dias, fizeram assembleia geral no ginásio do Sindicato dos Bancários para ouvir as propostas apresentadas pelo governo do Estado, na última reunião de negociação ocorrida sexta-feira, 31 de janeiro. Os grevistas rejeitaram as propostas, resolveram manter a greve e convocaram um ato público para esta terça-feira, 4, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).
Basicamente, o governo do Estado propôs a suspensão de efeitos da Lei nº 10.820, além da criação imediata de uma comissão, com prazo de atuação de até 30 dias, para fazer uma revisão ampla da legislação, a fim de garantir direitos dos profissionais da educação - sem perdas financeiras -, e refazer o Plano de Cargos , Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria.

Os grevistas, contudo, somente aceitam a criação da comissão revisora depois que a Lei 10.820/24 for revogada e o secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares, for demitido. Os professores ainda exigem a inclusão de indígenas, quilombolas e ribeirinhos na comissão.
Os grevistas exigem também a realização do concurso público; construção e reforma de escolas; eleições diretas para direção de escola; retirada da falta greve e “falta magistério” oriundas de greves e/ou paralisações da ficha funcional; extinção dos Processos Administrativos Disciplinares, entre outros pontos.
A greve já foi considerada ilegal pela Justiça, mas o Sintep, sindicato que representa os professores, depois da Assembleia desta segunda-feira, resolveu manter a paralisação e convocar um ato público para esta terça-feira, 4, a partir das 9 horas da manhã, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Considerando o histórico de manifestações conflituosas lideradas pelo Sintepp e o acirramento dos ânimos, não é nada impossível que os grevistas tentem ocupar a Alepa.
Atualização: apesar do receio das autoridades ouvidas pelo site, a manifestação segue pacífica. Veja o vídeo publicado pelo sitew BT+.
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