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Reunião com Helder termina sem acordo e manifestantes mantêm ocupação da Seduc

A reunião entre o governador Helder Barbalho e as lideranças de diversas tribos, realizada na noite desta terça-feira, 28,terminou por volta da 1h da manhã desta quarta-feira, 29, sem acordo.


A negociação começou às 20h, quando cerca de 40 representantes dos manifestantes que há 15 dias mantêm ocupada a sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém, foram autorizados a entrar no Palácio dos Despachos, sede do governo do Pará.


Os líderes do movimento reclamaram das duras condições impostas pelo governo do estado no local da reunião, que envolvia a proibição de uso telefones celulares e de transmissão ao vivo por parte dos veículos de mídia que apóiam os manifestantes.


Um forte aparato policial guarneceu o local da reunião e o tráfego na Almirante Barroso, uma das principais avenidas de Belém, foi interrompido, piorando o já caótico trânsito da capital paraense.


O governador Helder Barbalho e a ministra de Assuntos Indígenas, Sônia Guajajara, participaram da reunião, mas não foram capazes de demover os manifestantes que insistem em exigir a revogação da lei estadual 10.820 e a exoneração do secretário de estado da Educação, Rossieli Soares.


Helder entende que já apresentou garantias que não haverá interrupção de aulas presenciais nas tribos e até mesmo um grupo de trabalho foi criado para elaborar uma nova "política de educação indígena".


Integrantes do governo, falando reservadamente ao site, dizem acreditar que pode estar havendo manipulação política nessa manifestação. "Estamos atentos", disse uma fonte próxima ao governo do Pará.


Depois de mais de cinco horas de debates infrutíferos, a reunião foi encerrada. Os manifestantes decidiram manter a ocupação da Seduc e, caso nas próximas horas não se chegue a um acordo, o governo do Pará deverá ser obrigado a tomar medidas judiciais para encerrar a ocupação do prédio público.


Está claro que permitir a ocupação de prédios públicos, por mais justas que sejam as reivindicações dos manifestantes, passa uma mensagem de caos e desordem que refletirá negativamente na imagem do Pará, às vésperas da COP-30.


Enquanto isso, na Sefa...

No início da tarde desta terça-feira, um protesto realizado por alguns profissionais da educação na sede da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) terminou em tumulto e depredação.


Em greve desde o dia 23, os professores apresentam as mesmas reivindicações dos índios: exoneração do secretário de Educação e revogação da Lei 10.820.


O Sintepp afirma que a nova lei traz prejuízos aos professores e que Rossieli é "inimigo da Educação". Por outro lado, o governo do Pará argumenta que a lei não fere direitos adquiridos e moderniza a carreira de magistério no Pará, além de garantir a manutenção do ensino modular presencial, inclusive para as tribos, no interior do estado.

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