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Índios na Seduc; professores na Sefa. Helder sob pressão dos movimentos sociais

Depois de seis anos de paz com os chamados "movimentos sociais", Helder Barbalho (MDB), está vivendo os transtornos causados por seu afastamento gradual de alguns partidos de esquerda. Nesta terça-feira, 28, enquanto Helder tenta convencer os índios a desocuparem a sede da Secretaria de Educação (Seduc), professores em greve ocupam a sede da Secretaria de Fazenda (Sefa) e colocam mais pressão sobre o governador.


Os educadores estão em greve desde o dia 23 de janeiro e pedem a saída do secretário da pasta Rossieli Soares e a revogação da Lei do Magistério, a mesma pauta dos índios que ocupam a Seduc.

 

De acordo com os professores, a lei retira direitos e conquistas dos educadores, ao criar "quadros suplementares", que seriam cargos ocupados por profissionais que não ingressaram no serviço público por meio de concurso público.

 

O Sintepp afirma que o ano letivo de 2025 iniciou com apenas 50% dos professores atuando e a Seduc foi obrigada a contratar de forma temporária mais 2.300 novos professores, no dia 17 deste mês, que tinham sido aprovados no Processo Seletivo Simplificado (PSS), de 2024.


Enquanto os professores se manifestam na Sefa, Helder tenta acalmar os índios no Palácio dos Despachos. Cerca de 40 representantes de diversas tribos estão reunidos com o governador e a ministra de Assuntos Indígenas, Sônia Guajajara, para ver se chegam a algum acordo.


Desde que resolveu livrar-se de Edmilson Rodrigues (PSOL) e apoiar Igor Normando (MDB), Helder vem buscando se posicionar mais ao centro do espectro político como forma de agradar os setores conservadores da classe média. Só assim o sonho de ser vice-presidente na chapa de Lula, em 2026, pode ter alguma viabilidade.


Em compensação, às vésperas da COP-30, o governador do Pará acaba tendo que enfrentar as críticas dos movimentos sociais, todos controlados por partidos de esquerda. Vai ser preciso muita habildiade para impedir que reivindicações virem confrontos e confrontos virem munição para as oposições de esquerda e de direita no Pará.

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